Lei nos EUA altera o destino dos animais de laboratórios.
Novos medicamentos e terapias moleculares (utilizando, por exemplo, anticorpos monoclonais) não precisam mais passar por testes pré-clínicos em animais para receber a aprovação do FDA (Food and Drug Administration, agência dos EUA equivalente à Anvisa). É o que decidiu uma lei americana sancionada no fim do mês de dezembro.
Essa é uma mudança significativa na legislação, já que os testes em animais eram obrigatórios nos EUA desde 1938. Pela nova lei, esse tipo de avaliação pode continuar a ser feito, mas deixa de ser um requisito para obter o aval do FDA.

Os testes em animais servem para fazer uma primeira avaliação da segurança e da eficácia dos novos produtos, antes que comecem a ser aplicados em seres humanos (nos chamados testes clínicos).
A nova norma veio na esteira da pressão de iniciativas de proteção dos animais. De acordo com a revista Science, esses movimentos argumentam que avaliações em camundongos, por exemplo, não são tão eficazes. Segundo pesquisas da área, cerca de 90% dos medicamentos que chegam aos testes em humanos acabam barrados por falta de segurança ou por não serem efetivos.
Ao mesmo tempo, todos os anos, dezenas de milhares de animais são submetidos a esses experimentos — o que acaba sendo também bastante custoso para startups e empresas que desenvolvem novos medicamentos.
Texto e fonte: Einstein Eretz #
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